Geralmente destacado na imprensa por suas operações de prisão e de busca e apreensão, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Tocantins (Gaeco/MPTO) possui uma atuação que vai muito além disso, envolvendo um trabalho especializado de investigação, de desarticulação de organizações criminosas e de atuação na esfera judicial. É o que mostra o balanço das ações do grupo em 2021.
Ao longo do ano, o Gaeco deflagrou quatro operações (Collapsus, Donatio, Temazcal e Matrix), que visaram desarticular a cúpula da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no Tocantins e desmantelar núcleos criminosos que atuavam junto ao Detran Tocantins na fraude de certificados para condutores de cargas perigosas, de transporte de passageiros e outros; na falsificação de exames toxicológicos de condutores; e na baixa ilegal de tributos e multas.
No âmbito destas operações e em outras investigações, o Gaeco representou pela prisão preventiva de 82 investigados e esteve à frente do cumprimento de 44 mandados de busca e apreensão. Também ajuizou oito pedidos de afastamento de sigilo telefônico (com cerca de 85 alvos interceptados) e seis de afastamento de sigilo bancário (envolvendo 44 pessoas físicas e jurídicas).
O balanço das ações mostra que o trabalho especializado torna necessária a infiltração de agentes e a realização de escutas ambientais e resulta em pedidos preventivos de sequestro de atos financeiros de pessoas investigadas.
Também em 2021, 12 novos procedimentos investigatórios foram instaurados pelo grupo de atuação especial e 18 que já estavam em andamento foram impulsionados.
Como resultado das investigações, tem-se a proposição de denúncias criminais. Em 2021, foram oferecidas pelo Gaeco seis denúncias, cada uma delas envolvendo os diversos integrantes das respectivas organizações criminosas.
Atuações conjuntas
Também é recorrente na atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado a colaboração com outros órgãos investigativos. Em 2021, o Gaeco cooperou com o Ministério Público do Distrito Federal na operação Ethos, com a 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) na operação Feynman, com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na apreensão de seis caminhões com madeira transportada ilegalmente e atuou em conjunto com os Gaecos dos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
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