Sérgio Vieira Marques nasceu em Santa Filomena, estado do Piauí. É o filho mais novo do casal Manoel e Olindina, que teve dez filhos. No início de 1983 dona Olindina, que havia ficado viúva no ano anterior, resolveu que devia buscar novos horizontes pensando nos filhos que ainda estavam sob sua responsabilidade. Assim, ela trouxe a família para morar no antigo norte goiano, onde já estavam seis de seus filhos mais velhos. “Ouvíamos falar na separação do estado de Goiás e minha mãe decidiu que era aqui que deveríamos morar”, diz Sérgio.
Já em Gurupi, Sérgio matriculou-se no Colégio Bernardo Sayão para terminar os estudos. O Colégio era uma referência em Gurupi. “Eu era um pouco tímido, mas não demorou muito para me aproximar dos colegas e ser conhecido, tanto na escola quanto na cidade”, lembra.
O apelido, Soró, veio logo nos primeiros dias. Naquele tempo havia um personagem muito popular com o nome de Soró Sereno em uma das novelas da televisão, interpretado pelo inesquecível Arnoud Rodrigues. Ele era magrinho, como Sérgio; representava um nordestino, como Sérgio; e tinha o cabelo encaracolado, como Sérgio. O apelido foi dado e pegou na hora. “Nunca me incomodei, muito pelo contrário, sempre achei que seria até mais fácil para me projetar, me tornar conhecido”, confirma.
Vida de atleta profissional
Soró resolveu se inscrever em uma corrida de 5 quilômetros no dia 5 de maio de 1983, em comemoração ao aniversário do Colégio Bernardo Sayão. Ele nunca havia participado de uma corrida, mas era conhecido nas ‘peladas’ como bom de fôlego. “Corria o campo todo, não jogava muito, mas tinha uma saúde invejável”, brinca um dos amigos daqueles tempos. E Soró venceu a corrida. Sua vida começou a mudar a partir dessa vitória.
“Comecei a receber informações sobre essa modalidade esportiva, fui lendo e me preparando cada vez mais, pois percebi que era minha grande oportunidade”, diz. O resultado fez com que Soró fosse convidado a fazer parte da equipe de competição do colégio, e em seguida foi alçado à condição de atleta representando Gurupi nas competições em Goiás e em outros estados da Federação.
Com muito carinho, Soró lembra que foi por meio de suas vitórias nas corridas que conseguiu trocar os móveis da casa em que morava com a mãe. “Nos jogos estudantis da Região Norte de Goiás, que aconteceu em Araguaína, lembro, eu venci todas as provas de que participei: 800 metros; 1.500 metros e 3.000 metros”, afirma. Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 800 metros em Los Angeles 1984, medalha de prata na mesma prova em Seul 1988, e por duas vezes campeão pan-americano, em Indianápolis, 1987 e Mar del Plata, 1995, foi a grande inspiração de Soró.
Atleta federado de Goiás, Soró participou da corrida de São Silvestre em São Paulo e passou a se apresentar em muitas cidades antes mesmo da criação do estado do Tocantins. “Tudo que era aniversário de cidade e tinha evento passei a participar e ser conhecido. Fui o 1° representante do estado do Tocantins na São Silvestre”, informa.
Vida na política
Desde o início de 1986 Soró convive muito próximo do grupo político liderado por José Wilson Siqueira Campos. “Acompanhei sua luta pela criação do Estado do Tocantins durante a Assembleia Nacional Constituinte e me identifiquei com o trabalho daquele grande líder. Resolvi que iria segui-lo politicamente. E nunca me afastei”, acrescenta.
Soró passou a atuar como assessor político no grupo de Siqueira Campos, que iria se tornar o primeiro governador do recém-criado Estado do Tocantins em mandato tampão entre 1988 e 1990. Em 1992 Eduardo Siqueira Campos foi eleito primeiro prefeito da capital. Soró foi chamado para trabalhar em Palmas neste período, atuando na administração durante toda estruturação da Capital.
Finalizado os quatro anos de Eduardo à frente da prefeitura de Palmas, Soró volta para Gurupi e consegue seu primeiro mandato de vereador, sendo o parlamentar mais votado em 1996. Em 2000 reelegeu-se também com expressiva votação. Naquele ano, João Lisbôa da Cruz é eleito prefeito. Quando assumiram em 2001 começaram os preparativos para uma grande mudança na antiga Fafich. “Queríamos ampliar, trazer novos cursos. Daí recebi do prefeito João Cruz a incumbência e a oportunidade de procurar as pessoas certas para a missão”, diz Soró. O professor Valnir Soares, que tinha feito excelente trabalho na direção do colégio Aryzinho, foi o escolhido por Soró, e teve a aprovação imediata de João Cruz. Foi com a participação direta de Soró que a UnirG deu os primeiros passos para se tornar a grande Instituição que é hoje. Nas eleições seguintes, Soró ainda tentou uma cadeira na Assembleia Legislativa, mas ficou na suplência.
Em 2022, com muitas outras experiências dentro do serviço público, tais como assessoria parlamentar e secretaria municipal de esportes, Soró é convocado pelo PDT – Partido Democrático Trabalhista para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. “Conversei bastante com o deputado Eduardo Siqueira Campos e, como ele não tem pretensão de disputar o cargo novamente, resolvi em conjunto com meus amigos e familiares que é chegada a nossa hora”, confirma.
Amigos e família
A origem humilde de Soró, que forjou seu caráter; o desapego dos bens materiais, que o fizeram homem generoso; e a permanente disposição para ajudar a todos os que o procuram, são o maior patrimônio de Soró. Pai de Juliana (já falecida), Cecília, Davi e Sérgio Manoel, Soró tem uma vida de dedicação ao que acredita: família, amigos e boa política. “Faço tudo com muito amor: do cuidado que tenho com a criação de meus filhos, passando pelas atividades sociais que mantenho com os amigos e familiares, indo até o respeito que sempre tive no trato das coisas públicas”, completa.
Hoje em dia, Soró, continua incentivando o esporte em todas idades. Ele acredita que no parlamento pode ser uma voz potente na defesa do fortalecimento de todas as modalidades esportivas, tanto profissionais quanto amadoras. “Tenho 59 anos de uma vida limpa, em todos os sentidos. Acredito que a saúde corporal nos proporciona mais saúde mental e nos faz cidadãos bem melhores”, completa. Soró participa da Associação de Corredores de Gurupi, onde atua incentivando jovens à prática esportiva.
“O esporte mudou a minha vida, e eu acredito que o esporte pode mudar a vida das pessoas. A minha vida de vitórias no esporte abriu portas, me tornou uma pessoa conhecida e acredito que isso possa ser passado para a juventude, para quem quer vencer na vida”, finaliza.
(Da assessoria de comunicação)
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