A pedido da Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, o secretário de Segurança Pública, Wlademir Oliveira, e o Procurador da República, Dr. Fernando Antônio de Alencar A. O. Júnior receberam movimentos sociais e organizações que clamam pela atenção e prioridade na resolução do caso de assassinado da liderança popular de Araguatins, Raimundo Nonato Oliveira, conhecido como Cacheado.

A Coalizão vem acompanhando o caso desde o ocorrido, na última terça-feira, 13, para que os responsáveis sejam encontrados e que, tanto a comunidade quanto às demais lideranças populares, possam voltar a se sentir seguros perante a justiça. Conforme a advogada da Coalizão Vozes do Tocantins, Luz Arinda, o caso é emblemático que envolve uma série de violências e relações de conflito no campo.

“Cacheado era um defensor dos direitos humanos e esse é um caso que merece toda a atenção do Estado, uma resposta rápida e que não paire sobre ele a impunidade. Essas duas reuniões são articulações das organizações que vão pressionar, em suas diversas esferas, para que as autoridades de fato tomem as providências necessárias neste momento”, reforça.

Para a presidente do Conselho de Direitos Humanos do Tocantins, Maria Lucia Soares, as reuniões foram de extrema importância. “Existe a grande possibilidade de ser um homicídio encomendado em razão da atuação de Cacheado, que já foi ameaçado de morte antes. É fundamental que as investigações tenham andamento adequado e que os responsáveis sejam condenados para que crimes como esse não se repitam”, enfatiza.

“É o pedido para que mais vozes não sejam silenciadas e que as investigações cheguem aos principais culpados, possíveis mandantes e executores desse crime bárbaro que levou a vida do nosso amigo Cacheado”, complementa o membro do Conselho Gestor da Coalizão e militante do MST, Antônio Marcos.

Durante a reunião, a Secretaria de Segurança Pública – SSP/TO se comprometeu a colaborar para a resolução do caso. “As portas estão abertas, toda a informação é muito bem-vinda. A investigação será transparente com tudo aquilo que não a comprometa. Tenham a certeza, a Polícia Civil vai se empenhar com todas as forças”, afirmou o delegado geral, Claudemir Luiz Ferreira.

O Procurador da República, Dr. Fernando de Alencar Júnior, também se comprometeu a acompanhar o caso para que, havendo a necessidade da atuação do MPF-TO, sejam tomadas providências com celeridade.

Participam da articulação, Coalizão Vozes do Tocantins, MST, Movimento Estadual dos Direitos Humanos do Tocantins (MEDH-TO), Movimento pela Soberania Popular da Mineração, Observatório de Conflitos Socioambientais do Matopiba, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Articulação Tocantinense de Agroecologia, Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDHP), do Conselho Estadual de Direitos Humanos, e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) Tocantins.

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