Pertencer ao Tocantins é carregar no peito o orgulho de fazer parte de uma demarcação territorial jovem, mas com histórico de muitas lutas, marcada pela coragem e pela esperança de seu povo. Nestes 36 anos, o Estado cresceu, se transformou e floresceu, impulsionado pela força de cada tocantinense que, com o seu trabalho e a sua dedicação, constrói diariamente um futuro promissor. O Tocantins é feito de muitas mãos, de muitas vozes e de sonhos que se entrelaçam com o desejo de ver esta terra prosperar.
“Com muito orgulho e carinho, comemoramos mais um aniversário do nosso Tocantins. São 36 anos de uma história de luta e superação de um povo. Nasci em Porto Nacional, meu pai, Fenelon Barbosa, foi o primeiro prefeito de Palmas. Não só minha história, como a de toda a minha família, e de todos aqueles que escolheram o Tocantins de coração, é de pertencimento. Uma terra que amo, onde escolhi criar os meus filhos e meus netos; e trabalhar incansavelmente para o povo tocantinense”, expressa o governador Wanderlei Barbosa.
São mais de 1,5 milhão de tocantinenses, segundo o último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022. Cada canto desta terra guarda histórias de quem aqui nasceu ou escolheu chamar este lugar de lar. Seja nas cidades que surgiram às margens dos rios ou nas comunidades que preservam a rica cultura indígena, a alma tocantinense está presente, viva e pulsante.
Pertencimento de quem escolheu o Tocantins
Celebrar os 36 anos do Tocantins é reconhecer a importância de cada pessoa que ajudou a construir essa história. É sentir que pisar neste solo é fazer parte de algo maior, de uma jornada que se renova a cada ano. Mais do que habitante, ser tocantinense é ser herdeiro de um legado de fé e trabalho, sendo guiado pela certeza de que o futuro está nas mãos da população. Pertencer ao Tocantins é acreditar no poder de um povo que, com sua diversidade e união, faz dessa terra um lugar único, onde as raízes são profundas e o horizonte é infinito.
Magda Suely é natural de Arraias, município no sudeste do Estado. A história da doutora em Sociologia começa antes mesmo da emancipação do Estado, em 1989, quando deixou de ser o norte de Goiás. Ela conta que, antes da criação do Tocantins, o sentimento na região era de medo pelo que poderia ocorrer com os municípios que já existiam no território. “Éramos conhecidos naquela época como eixo da miséria. Demoramos a acreditar que a separação iria nos trazer benefícios, porque ficamos mais de 200 anos isolados. Houve, com isso, relutância no começo para aceitar que essa seria de fato a melhor opção para a nossa cidade. Contudo, em poucos anos, o que vimos foi exatamente o oposto: começamos, enfim, a nos desenvolver. A educação proporcionada por esse processo tem grande responsabilidade nisso. Arraias, mesmo sendo um município pequeno, tornou-se, em poucos anos, um polo de desenvolvimento importante no Estado, trazendo cada vez mais oportunidades para a nossa gente”, ressalta.
A professora aposentada Maria Tereza Azevedo, em 2024, completou 30 anos morando no Tocantins. Natural de Pernambuco, ela chegou ao Estado em 1994, onde conheceu o esposo, na cidade de Conceição do Tocantins, e depois se mudou para Arraias. Trabalhou em diversas unidades de ensino da cidade e continua morando no município com a sua família. “O Tocantins é um lugar que eu amo. Todos são acolhedores e queridos. Fui muito bem recebida e aprendi a amar este Estado e Arraias. Já fui secretária de Cultura do município, ajudei a criar a Associação Amigos do Entrudo e continuo desenvolvendo atividades. Eu me sinto tocantinense, acho que isso diz muito sobre o sentimento que tenho de pertencer a essa terra, de ser parte desse povo”, salienta Maria Tereza.
A agrônoma e concursada na área de educação, Adelse Ferreira Costa, tem 47 anos, nasceu e reside no município de Natividade, assim como seus pais e demais familiares. Suas raízes crescem junto com a história das tradições culturais e religiosas do município, como as Festas do Bonfim e a Folia do Divino Espírito Santo. “Eu e minha família somos desta terra. Sempre acompanhamos e ajudamos a cultura a se desenvolver em nosso município. O Tocantins é muito rico, nos oferece muito lazer e uma qualidade de vida muito boa. Eu acredito que o Estado só tem a melhorar com o passar dos anos. Nosso Tocantins está se desenvolvendo cada vez mais”, comenta a moradora de Natividade.
Resiliência dos nossos povos tradicionais
Na região leste do Tocantins, fica o Jalapão, terra que abriga comunidades que conseguiram se desenvolver com a agricultura, o turismo e, principalmente, o artesanato, com destaque para a colheita e a fabricação de peças feitas com capim-dourado. Essas são características que formam a história e a cultura de um estado.
Na comunidade quilombola Mumbuca, no município de Mateiros, lugar cercado pelas principais belezas do Jalapão, os moradores – que são indígenas locais e quilombolas que vieram da Bahia – tiram seu sustento do potencial turístico da região e, principalmente, do artesanato com o capim-dourado.
Antônia Ribeiro da Silva é artesã da comunidade. Ela ressalta seu orgulho de ser filha dessa terra e de ter aprendido o ofício de artesã aos 12 anos, ao lado de outras mulheres da região. “É um grande orgulho ser artesã e falar sobre a importância do capim-dourado para todas nós. É uma arte que continua, pois sei que, mesmo após a minha partida, o legado que vou deixar será o ensinamento aos mais novos. Assim como aconteceu com a minha mãe e a minha avó, que já se foram e deixaram as suas experiências com o capim-dourado. Nós nos consideramos milionários, só por estarmos aqui e termos a oportunidade de contar a nossa história para outras pessoas e mostrar a nossa arte. Amo dizer que sou artesã da Comunidade Mumbuca, por saber que uma peça trançada por minhas mãos pode estar em qualquer lugar do Brasil ou do mundo. Ser dessa terra e pertencer a ela são um orgulho”, finaliza Antônia Ribeiro.
O violeiro da viola de buriti e morador da região de Mateiros, Missim da Viola, conta que a arte de tocar e fabricar a viola foi passada de geração para geração em sua família. Sua prioridade é que esse legado não se perca para as gerações futuras. “A criação da viola de buriti surgiu de uma tradição familiar iniciada pelo meu avô, passando para o meu pai e chegando até mim. Por isso, eu passo esse conhecimento para o meu filho e para muitas outras pessoas. Este instrumento vai além da música, é um legado, uma transformação em nossas vidas. Tenho 50 anos e pertenço a esta terra, sou nascido e criado na região do Jalapão. Contribuir para a preservação da tradição da fabricação da viola de buriti é algo extremamente gratificante. Mais ainda, ver nosso artesanato reconhecido em todo o Brasil é maravilhoso. Falo com muito orgulho: sou um violeiro de viola de buriti do Jalapão. Minhas raízes estão aqui e o legado que estamos deixando para as próximas gerações é algo lindo e muito importante”, declara Missim da Viola.
Nascida e criada em Mateiros, Rosa Castro Tavares conta que nunca teve vontade de sair da região. Ela é apaixonada por sua localidade e fica muito feliz em ver as mudanças ocorrendo e o progresso chegando. Ela descreve o que, para ela, representa um importante processo de crescimento da região onde mora. “Nossa cidade era muito pequena, mas está em plena evolução. O comércio tem contribuído muito para esse crescimento, pois antigamente a principal fonte de renda era o capim-dourado e, hoje, o turismo se tornou uma força maior. As melhorias nas estradas e no acesso à região atraíram novos investidores e visitantes. Moro aqui há 37 anos e sinto um orgulho imenso ao ver como estamos evoluindo. Como comunidade, somos os maiores beneficiados com todas essas mudanças positivas que estão chegando até nós. Antes, éramos uma comunidade esquecida e isolada, mas com o apoio do Governo do Tocantins, vivemos melhorias visíveis. A qualidade de vida de quem mora aqui melhorou bastante”, pontua Rosa Castro.
Capital de todos os tocantinenses
No centro do Estado, no coração onde está a capital, Palmas, os irmãos Marília e Rafael Braudes relatam que sua família se mudou para o Tocantins por acreditar no potencial de desenvolvimento do Estado para investimento, principalmente no agronegócio, e afirmam ser tocantinenses de coração.
Marília narra que é do tempo em que Palmas ainda era considerada uma cidade pequena, mas com imenso potencial, que, com o passar dos anos, veio se transformando na maior cidade do Estado. Já Rafael afirma com orgulho que pertencer ao Tocantins é a prova de que o Estado tem potencial para crescer ainda mais, sendo possível oferecer uma vida de qualidade para quem vem construir por aqui a sua história. “O Tocantins tem sido uma terra de oportunidades. É emocionante fazer parte desse processo de desenvolvimento que, com o tempo, consolidou o Estado como um dos principais polos do agronegócio no Brasil. É um orgulho ver o Tocantins chegar aos 36 anos com tanto a oferecer, eu tenho plena confiança de que o futuro reserva ainda mais conquistas para todos nós”, ressalta Rafael Braudes.
Nossas raízes ao norte do Estado
No norte do Estado, em Araguaína, mora o empresário José Ricardo Cruz, natural do município. Seu pai, Domingo Lemos, chegou à região na década de 60, atraído pelo garimpo. Contudo, logo após se instalar com a família, percebeu que o comércio poderia ser o foco de desenvolvimento, visto que, na época, o setor ainda engatinhava no Estado. “Eu nasci aqui. A minha história e a de todos os meus familiares sempre esteve ao lado de quem lutou pelo crescimento do nosso Tocantins. A criação do Estado foi algo muito importante para nós, pois nos deu a oportunidade de crescer ainda mais. Meus filhos e netos nasceram e cresceram aqui, e nós, cada vez mais, acreditamos e incentivamos que todos continuem se desenvolvendo. O meu desejo é que o Tocantins continue sendo esse Estado pujante, um local maravilhoso para se viver”, reforça José Ricardo.
O empresário da área de panificação e também natural de Araguaína, Tomaz Araújo Vaz, relata que sua família veio de Minas Gerais para a região ainda nos anos 70, onde começaram a desenvolver atividades comerciais. “Minha família, logo que chegou, começou a desenvolver um pequeno comércio de pães, que culminou na empresa que temos. Devemos tudo o que somos a este Estado, que nos forneceu espaço para crescer e prosperar. Sei que temos muitos desafios pela frente, mas estamos esperançosos, pois sabemos que o Tocantins tem essa capacidade de investir em quem quer de fato empreender e, por isso, somos sempre gratos a essa terra tão produtiva”, ressalta o comerciante.
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