Os professores de Língua Portuguesa participaram nesta segunda-feira, 11, da live de apresentação das atividades alusivas à Olimpíada de Língua Portuguesa 2022, tendo como foco o relato de prática como meio de reflexão para o professor. A formação foi coordenada pela professora Ângela Francine Fuza, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), que abordou o desenho de formação da OLP para este ano.
A superintendente de Educação Básica da Secretaria da Educação, Markes Cristiana Oliveira dos Santos, ressaltou a importância das escolas participarem das atividades das olimpíadas externas. “No ano passado participamos da olimpíada, mesmo com as atividades sendo realizadas no formato remoto. Agora, é o ano de refletir o desafio de desenvolver as atividades de forma presencial, e reconstruir toda uma trajetória escolar, que os nossos estudantes perderam com a suspensão das aulas por causa da pandemia da covid-19. Então, esse é o momento de reconstrução, de recomeçar, por isso, essa formação tem um significado especial”, afirmou a professora Markes.
Em 2022, as atividades referentes à Olimpíada de Língua Portuguesa terão como destaque as formações para professores. A professora Ângela esclareceu que haverá quatro formações ao longo do ano para os professores que atuam nas turmas do 5º do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio. E será realizada uma formação especial para os docentes que atuam em escolas que apresentam o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) abaixo do índice regional.
A Olimpíada de Língua Portuguesa promove as atividades de premiação a cada dois anos. E no ano que não tem premiação, são realizadas as formações para professores.
Este ano, as atividades da olimpíada terão como foco as ações realizadas pelos docentes com os gêneros literários poema, crônicas, memórias literárias, poesia e artigo de opinião. “Então o relato de prática não é um relatório descritivo, na verdade é um texto reflexivo, que é escrito pelo professor, que conta a experiência com as atividades realizadas pelos estudantes com um dos gêneros da olimpíada. O relato de prática não é um relatório descritivo, na realidade é tentar buscar desse apanhado geral das atividades, um foco que seja tema de seu relato”, lembrou a professora Ângela.
Durante a live, foram apresentados depoimentos das professoras Rosana Ribeiro dos Santos, que leciona na Escola Estadual Joaquim Francisco de Azevedo, localizada em Taipas, que sempre participa da olimpíada e da professora Rute da Silva Santos, da Escola Estadual Padre Giuliano Morreti, de Tocantinópolis, uma das vencedoras da OLP, no gênero Memórias Literárias, em 2021.
Professora Rute descreveu como registrou o seu trabalho. “O meu relato de prática foi o resultado de uma interação com os alunos por meio dos textos recebidos e de um encontro online, que realizamos. O grande diferencial para o meu texto ser classificado como um dos vencedores foi o fato de impregnar o sentido daquilo que eu estava fazendo, escrevi um texto com uma linguagem mais cativante, mais poética. Foi um trabalho simples, que me trouxe uma grande aprendizagem em relação a acreditar que é possível fazer diferente”, frisou Rute.
A professora Rosana contou que criou um diário para relatar as experiências durante a execução das atividades propostas pela olimpíada. “À medida que ia recebendo eu já começava a leitura e a fazer as considerações. Resolvi trabalhar com os estudantes as figuras de linguagens, pontuação e depois, pedimos para reescrever os textos. E para motivar os alunos, eu produzi vídeos falando para eles não desanimarem”, comentou a professora.
A professora Jennifer Andrade contou que participou como aluna na 1ª edição da olimpíada e chegou a ser semifinalista. “Agora sou professora e quero levar os meus alunos a terem a mesma experiência”, ressaltou.
A diretora da Escola Estadual Criança Esperança, de Palmas, Marilene Moura Lima, participou da live e fala de sua importância. “O relato de prática das Olimpíadas de Língua Portuguesa constitui uma reflexão necessária para os professores, uma vez que a experiência realizada com os estudantes nos gêneros textuais que constam na olimpíada é um dos pilares para a construção de conhecimento na área de atuação”, declarou.
Também participou da live, Luíza Rodrigues de Sousa Brasileiro, vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes de Educação (Undime/To), que ressaltou a importância do trabalho em conjunto com os parceiros para melhorar o ensino e a aprendizagem.
A live teve como público professores, coordenadores pedagógicos e diretores de escolas de instituições de ensino estaduais e municipais e técnicos das Diretorias Regionais de Educação (DREs) e das secretarias municipais de educação.
A olimpíada conta com parceiros como o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) e as secretarias estaduais e municipais de educação.
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