Baixa umidade do ar no Tocantins, por exemplo, aumenta desafios para pacientes

A Síndrome do Olho Seco, uma condição oftalmológica cada vez mais comum, causa desconforto em uma parcela significativa da população brasileira, especialmente em regiões como o Tocantins, que enfrentam longos períodos de seca. Segundo dados da Associação Brasileira de Portadores de Síndrome do Olho Seco (APOS), entre 13% e 24% dos brasileiros são afetados por essa condição, que pode ser agravada por fatores ambientais como a baixa umidade do ar.

Dra. Millane Santos alerta sobre os riscos associados à síndrome em períodos de clima seco

O Tocantins, em particular, enfrenta um desafio adicional durante o mês de julho, quando a umidade do ar despenca drasticamente abaixo dos níveis ideais. Isso pode agravar os sintomas da síndrome entre os moradores, tornando a lubrificação dos olhos mais difícil e aumentando a sensação de desconforto e irritação.

A oftalmologista do Hospital de Olhos de Palmas, Dra. Millane Santos alerta sobre os riscos associados à síndrome em períodos de clima seco, como o atual. “A baixa umidade do ar pode acelerar a velocidade de evaporação do filme lacrimal, que é responsável por manter os olhos lubrificados e por proteger a superfície ocular. Isso pode levar a uma piora dos sintomas em pacientes que já sofrem com olho seco ou pode iniciar o quadro em pacientes antes assintomáticos”, afirma.

Além do clima seco, outros fatores podem agravar a Síndrome do Olho Seco, como o uso prolongado de telas de computador e dispositivos móveis, exposição a poluentes atmosféricos e condições médicas como artrite reumatoide e diabetes. “Recomendamos que essas pessoas usem colírios lubrificantes e evitem se expor diretamente a ar condicionado ou ventilador por longos períodos, que tendem a ressecar ainda mais os olhos”, reforça a especialista.

A Síndrome do Olho Seco não só causa desconforto como pode também levar a complicações mais sérias, como danos à superfície da córnea e infecções oculares. Sintomas comuns incluem olhos vermelhos, lacrimejamento, ardência, sensação de areia nos olhos, visão embaçada e flutuante e sensibilidade à luz.

Dicas para aliviar os sintomas:
– Reforçar a hidratação: beber bastante água ajuda a manter a umidade do corpo, incluindo dos olhos.
– Piscar frequentemente: principalmente ao usar computadores ou dispositivos móveis, para controlar melhor a evaporação do filme lacrimal. Faça pausas durante períodos prolongados do uso de telas.
– Umidificadores de ar: úteis para manter a umidade em ambientes fechados, especialmente em locais com ar condicionado.
– Posição de ar condicionado e ventiladores: evitar que fiquem direcionados diretamente para os olhos.
– Proteção contra o vento: óculos de sol podem ajudar a proteger os olhos do vento e da poeira.
– Usar colírios lubrificantes: são recomendados para melhorar a lubrificação da superfície ocular.
– Caso os sinais e sintomas persistam, procure um médico oftalmologista para avaliação e tratamento adequados para o seu caso.

Deixe seu comentário